A Defensoria Pública da União da Bahia (DPU-BA) vai acompanhar as denúncias de agressões a quatro índios e um funcionário da Fundação Nacional do Índio (Funai) que teriam sido praticados por policiais civis na região sudoeste da Bahia na última terça-feira (9). Nesta quinta-feira (11), as vítimas, liberadas ontem da Delegacia de Itambé mediante pagamento de fiança no valor de R$350 reais cada, aguardam para prestar depoimento e serem submetidas a exame de corpo de delito na sede da Polícia Federal de Ilhéus, no bairro de Esperança. Os indígenas Wallace Almeida, Israel Sales, Ricardo Costa, Suelton Sales relatam que se dirigiam com o funcionário da Funai, Rômulo Siqueira, 59, para buscar água dentro de um terreno, doado pelo particular Luis Carlos Rodrigues Caribé para servir como território indígena na região de Ibicuí, quando foram abordados. Segundo o servidor, na abordagem, perguntou aos agentes se tinham ordem judicial e apresentou o documento de doação das terras em favor do tupinambá da Serra do Padeiro, Cacique Tupinambá Rosivaldo Ferreira da Silva, conhecido como Cacique Babau. “Eles falaram ‘olha aqui o seu documento’ e me deram um murro”, relatou. As vítimas acusam os agentes civis de “plantar” armas e simular o flagrante para que fossem autuados por porte de armas de fogo e de integrarem uma milícia que pratica roubos na região (clique aqui e saiba mais). De acordo com o defensor federal Ricardo Fonseca, que acompanha o caso em Ilhéus, o servidor e os indígenas relataram ainda que, antes de serem conduzidos à delegacia de Itambé, onde foram agredidos com murros e chutes, ficaram horas deitados em cima de pedras quentes na estrada. A DPU já entrou em contato com o Ministério Público Federal (MPF) da região. A instituição vai ingressar com as medidas jurídicas necessárias no caso.
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