ITAMARI: A TESOURA CONTINUA AFIADA

                                     NELSON E PALLOMA
Cresce cada dia mais a rejeição ao governo Palloma Antas em Itamari. O governo continua passando despercebido pela maioria da população. Só percebemos a existência do executivo de Itamari em dia de pagamento, que é sempre uma caixinha de surpresas. Descontos, cortes indevidos e faltas lançadas mesmo com atestados médicos que as justificam são motivos de revolta entre o funcionalismo. Oposição e antigos aliados engrossam o coro repudiando essa administração.
A prefeitura é muito inacessível. Quando as pessoas tentam resolver algo na sede da mesma, tem que reservar no mínimo uma semana para isso. Chegando na recepção ficam esperando a boa vontade dos recepcionistas e dos funcionários que ali estão trancados nas suas salas – isso quando eles estão presentes. É comum, a negativa de funcionários, alegam não poderem atender ou que os procurados não estão presentes. A prefeitura parece mais com um caixa forte bem protegido, pois quem pode entrar são apenas os detentores da senha. Em cidades mais organizadas acessamos os nossos contracheques a qualquer hora do dia via internet , por meio de PCs, notebook e celulares. Por exemplo, em Jequié quando você não é cadastrado para receber via internet, diz apenas a sua matrícula a uma recepcionista é você já sai dali com seu documento em mãos.
A dificuldade de entregar os contracheques na PMI pode ser por desconhecimento técnico, falta de tecnologia ou proposital. Talvez seja para que os funcionários não questionem nada, não percebam os cortes indevidos que todo mês tem acontecido. São inúmeras as reclamações. Não é atoa que a cabeça do assessor de recursos humanos está sendo pedida. Recai sobre ele várias acusações.
O não recebimento em Itamari é um erro gravíssimo. O contracheque é um direito do trabalhador, pois ele é um dos mais importantes documentos que temos e precisamos em mãos. O contracheque é garantido também na lei do acesso a informação, que reza “ um direito fundamental previsto no ordenamento jurídico brasileiro no art. 5º inciso XXXIII, bem como no inciso II do § 3 do art. 37 e no § 2 do art. 216 da Constituição Federal de 1988”.
Sem os contracheques em mãos ficamos sem saber e nos convencer de tantos cortes salariais. Não se fala em aumento salarial , esse é um assunto proibido no executivo, na hora de diminuir os salários as decisões são rápidas e unilateral. Não explicam nada, não se prova nada, apenas ficamos sem parte do salário. E mais cortes estão estão programados.
Quando a pessoa tem outra fonte de renda , até que da para ir levando, mas quem recebe salário mínimo e ainda tem que sustentar a família, a situação fica muito complicada. Por isso , esses agentes tem que ser responsabilizados , denunciados para que respeitem os nossos direitos e passem a cumprir a lei.
O recebimento desse documento parte do princípio que “ todos os cidadãos têm direito a receber dos órgãos públicos informações de seu interesse particular, ou de interesse coletivo ou geral, que serão prestadas no prazo da lei, sob pena de responsabilidade, ressalvadas aquelas cujo sigilo seja imprescindível à segurança da sociedade e do Estado, bem como o direito de acesso aos registros administrativos e a informações sobre atos de governo”.
Se estão errando no mínimo, imagine no máximo. E o que é ainda mais notório é que não podemos reclamar com a Chefe do executivo, pois a mesma dificilmente fica na cidade. Não se sabe quando está na PMI e nem onde reside. A que se dizia mãe dos itamarienses, abandonou seus filhos. Seus filhos estão passando dificuldades com os cortes de suas mesadas. Todos estão reclamando dessa mãe desnaturada.
Esperamos que chegue o momento dessa administração dá a volta por cima, deixem de administrar apenas os salários e passem a administrar a cidade. Queremos vê a presença da gestão nas ruas, em projetos, combatendo as drogas, ajudando no combate a criminalidade, dando vida e embelezando a cidade e não apenas cortando salários e realizando contratos acima dos valores de mercado.
(*Nelson Ribeiro, Mestrando em Educação, especialista, Professor das redes Estadual e Municipal de ensino e é o administrador do grupo TRIBUNA LIVRE DE ITAMARI) 

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